O mês de maio de 2024 já está marcado na história do Rio Grande do Sul. A maior e mais catastrófica enchente que se tem notícia. Maior que a histórica de 1941.
Intensas chuvas castigaram o RS, agravadas pelo fenômeno El Niño. O nível do Oceano Atlântico também estava acima do normal devido às chamadas marés da tempestade, dificultando o escoamento da água.
A maioria dos municípios do Estado, 469 dos 497, estava com decreto de calamidade pública. 90% das cidades foram atingidas de alguma forma.
Com uma abrangência tão grande, a zona rural e o centros urbanos foram devastados com deslizamentos, inundações, interdição de estradas, casas arrastadas, pontes arrancadas, plantações e lavouras arrasadas, animais afogados, falta de comida para o gado sobrevivente.
Nas cidades, escolas, órgãos públicos e hospitais danificados, casas, fábricas, centros comerciais, ruas e praças já não existem mais. Cenas de desolação e cenário de guerra. Perdas materiais imensas e danos ambientais incalculáveis. Haja persistência, determinação e resiliência para reconstruir onde for possível.
Apesar dos incalculáveis prejuízos materiais e ambientais, o desafio maior é atender, auxiliar e direcionar as pessoas atingidas. Segundo último relatório, foram afetadas, ao menos, 2.345.400, sendo que 581.683 estão desalojadas e 55.813 foram para abrigos temporários. Estas pessoas necessitam de amparo psicológico, auxílio monetário emergencial, atendimento médico, moradias temporárias e, principalmente, lugares dignos para morar e reconstruir suas vidas.
O Governo Federal está sendo chamado para fazer a parte que lhe cabe. O Governo Estadual, inevitavelmente, foi acionado. Os prefeitos, na realidade, foram os mais exigidos para acompanhar – em seus municípios – as dificuldades imediatas e urgentes.
Os gaúchos têm apenas uma opção: ser forte, seguir e vencer a tragédia das águas.