Atualmente, ao acompanharmos noticiários, deparamo-nos com manchetes que ressaltam fraudes em várias esferas e setores públicos ou privados, mortes violentas, assaltos cinematográficos, tragédias no trânsito, sobrevivência em ambientes insalubres, fome, doença … Toda esta miséria social é causada pelo desequilíbrio emocional de indivíduos que integram, e não raro, decidem rumos da sociedade em que vivem.
Pessoas mais idosas e calejadas pela dureza da vida dizem que a raça humana sempre gerou os excepcionais, crápulas, assassinos sanguinários, mas num percentual que os seus pares sempre foram capazes de eliminá-los ou neutralizá-los. Bastava aplicar as leis e ressaltar a importância de cultivar os valores universais: respeito, dignidade, lealdade, fidelidade, honestidade, verdade …
As autoridades municipais, estaduais e federais citadas aparecem mergulhadas em fraudes e mentiras. Os policiais que, no cumprimento do seu dever, matam criminosos são investigados por suspeita de abuso de poder. Quando são mortos, em sua viagem derradeira, recebem homenagem de herói: uma salva de tiros de seus colegas de farda. O bandido – quando punido – cumpre parte da pena e, em liberdade provisória, continua fazendo mais vítimas.
Em nossas escolas, um número significativo e preocupante de alunos não apresenta comportamento que demonstra respeito para com os colegas e professores muito menos atitudes de uma boa educação. Parece que muitos pais não conseguem ser exemplo positivo para seus filhos. Não conseguem ensinar que “é preciso respeitar para ser respeitado.”
Hoje, parece que os ditados “respeito é bom e eu gosto” ou “a boa educação é como moeda de ouro, em todo lugar tem muito valor” são ignorados ou desconhecidos. Parece que não há limites. Tudo é válido desde que se tenha a vontade de fazer.
Uma coisa é certa: aprendemos com o exemplo dos mais velhos e maiores. Se os adultos e autoridades não conseguem demonstrar que “o direito de uma pessoa termina onde começa o direito da outra,” então estaremos gerado seres ( i )limitados e, provavelmente, com sérias dificuldades para conviver com os direitos (des)humanos.
Sempre é interessante ler e refletir sobre uma frase da República de Platão: ‘‘Quando os pais se habituam a deixar seus filhos fazerem o que quiserem, quando os mestres tremem diante dos alunos e preferem agradá-los, quando os jovens desprezam as leis e não reconhecem mais a autoridade de ninguém acima deles, então é o começo da tirania.’’
Que exemplos damos aos nossos jovens? Que imagens vêem nossas crianças? Talvez devêssemos mostrar seres ( i )limitados pela generosidade, gentileza, humanismo, busca da felicidade individual e coletiva.
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kuki
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