Entre virtudes e vaidades

Vaidade é definida como qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. Vaidade pode ser um desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens. Presunção, futilidade, tolice. Virtude é a disposição firme e constante para a prática do bem. Boa qualidade e força moral. O ser humano pode ser uma soma dos dois.
Para ocupar cargos e funções na administração pública, as pessoas são indicadas, escolhidas ou eleitas. Bom seria se as virtudes e boas qualidades prevalecessem.
Os prováveis candidatos para as eleições municipais já estão na mira de muitos partidos. As prováveis coligações partidárias para a próxima eleição municipal estão em andamento. Já são articulados acordos para 2012, 2014, 2016…
Partidos e pessoas são contatadas, Apresentam-se argumentos, estratégias, tendências, pesquisas. O que é levado em conta para escolher os candidatos? Virtudes ou vaidades?
As projeções de gastos são impressionantes. Para apresentar e debater um plano de ação para os eleitores, ganhar a confiança e o voto de um pequeno município são gastas somas inconfessáveis ( dezenas de milhares para vereador, centenas de milhares para prefeito, mais de milhão, somando tudo).
Surgem indagações e dúvidas. As propostas não são boas? Os candidatos não possuem capacidade para exercer o cargo em disputa? O plano de governo é apenas um ingrediente? O desejo de trabalhar para o desenvolvimento do município está em segundo plano? Que estratégias e práticas são adotadas para conquistar o voto? Por que se gasta tanto?
Há, por parte de alguns, o sutil afago das vaidades. Ensaia-se para embelezar a passarela, enfeita-se o palco, capricha-se na maquiagem do “parecer parece ser”. As virtudes pessoais, capacidade e experiência administrativa, transparência, autenticidade, honestidade, coerência, frequentemente, tornam-se problema.
Algumas sondagens deixam transparecer que se quer o nome, número e força de partidos, porém os partidários nem todos. Algumas coligações confirmam a intenção de somar tempo, fragilizar possíveis opositores com filiados competentes e capazes administradores.
Os mais atentos logo alertam para as viradas, o chute do balde, a virada de mesa, a rasteira de última hora, quando o balão de vaidades é esvaziado e, murcho, descartado e substituído na decoração da festa.
Tomara que o propósito de trabalhar pelo bem estar social, pelo desenvolvimento, pela promoção e realização do ser humano e pelo progresso de todos seja o grande objetivo de todos.

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