Ao observarmos os países que ocupam o topo da pirâmide do progresso, desenvolvimento econômico, inovação tecnológica, alto índice na qualidade de vida e crescimento do PIB, podemos notar que investiram pesado – durante anos – em educação para formação de indivíduos preparados para criar, inovar, transformar, produzir e comercializar.
A partir de 1990, a tecnologia da informação provocou o surgimento da globalização da economia. A competitividade se tornou mais intensa entre as empresas. Após o advento da internet a informação passou a cruzar o planeta em questão de segundos. O capital deixou de ser o recurso mais importante e deu lugar ao conhecimento. A cultura organizacional sofreu forte impacto e passamos a privilegiar a mudança e a inovação voltadas para o futuro. As mudanças passaram a ser rápidas, velozes e sem continuidade com o passado. Isso trouxe um contexto ambiental de turbulência e de imprevisibilidade.
Mas, em algum momento desse passado as empresas, os governos e os próprios interessados negligenciaram suas responsabilidades nos aspectos formação e capacitação profissional e, a conseqüência disso, foi a formação de um enorme contingente de pessoas desqualificadas e despreparadas para atuarem nesse mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente.
Isso é um grande desafio para aqueles que precisam de uma colocação profissional e também para as organizações, as quais necessitam cada vez mais de funcionários capacitados e qualificados.
A receita não é nova. Essas pessoas que necessitam se empregar têm de assumir o compromisso consigo mesma e investir em seu aprendizado continuamente, ou seja, elas necessitam investir no seu Capital Humano. Por parte das empresas, elas precisam investir mais em capacitação profissional a fim de proporcionarem aos seus colaboradores os conhecimentos suficientes para poderem desempenhar bem suas funções.
Hoje, o empregado passou de recurso de produção para capital humano e como formá-lo é o grande desafio do Brasil e no Brasil. Como se forma o capital humano?
Inevitavelmente, a pessoa passa a ser valorizada e remunerada pelo conhecimento, pelo protagonismo, pelas invenções, pela inovação, pela amizade, pela dedicação aos estudos, pelas melhores resultados, pela disciplina e organização, pelo capricho, pelo zelo com o patrimônio público, pela lealdade.
Talvez, um bom começo seja a escola preocupar-se em destacar os estudantes para promover pela capacidade e determinação para alcançar sucesso e progresso individual e coletivo. Esta prática precisa ser constante.