Quando se acompanha noticiário de guerra ou documentários sobre invasões e massacres – em várias regiões pelo mundo – ouve-se falar em campo minado, em civis inocentes mortos ou mutilados por minas abandonadas há muitos anos.
Mina é um engenho de guerra camuflado, que contém material explosivo e destina-se a destruir baluartes e tudo que passar pelo local. São cavidades cheias de pólvora, a fim de que, explodindo, destrua tudo o que está acima. Artefato que pode explodir o caminhante em terreno aparentemente seguro. Quando o conflito acaba, as minas intactas continuam espalhadas e mutilam inocentes durante anos. Azar o deles!?
Infelizmente, o povo brasileiro vive numa sociedade minada e convive com insegurança, criminalidade e violência que fazem mais vítimas que guerras declaradas. O mundo das drogas lícitas (álcool, fumo e medicamentos) e ilícitas (maconha, cocaína, crack, morfina, LSD …) está mutilando a saúde. O crime organizado assalta, assassina, degola, esquarteja, amortaça. Tira a vida e acaba com o sonho de jovens e adolescentes. Acaba com a inocência de crianças. E daí?
Daí que, frequentemente, pessoas dispostas a manter-se em postos de destaque ou ocupar cargos de comando – com capacidade e competência questionável ou duvidosa – através de ameaças e articulações obscuras, de imposição do medo dominam a política, o meio empresarial, a vida social. Valem-se de pessoas ingênuas para espalhar ações negativas, colher dados e informações.
Deixam – “em algumas pessoas escolhidas com cuidado” – a sensação de que são bem quistas, estão em alta consideração e que se sujeitam a executar tarefas de espionagem e desmonte de ações que buscam um sucesso e bem estar social.
O triste é constatar que a educação também pode ser usada para garantir a letargia, a ignorância, a falta de consciência, a impossibilidade de avançar e progredir. A ilusão de todos serem aprovados sem estudar e apresentar um rendimento mínimo condena os jovens a serem sobras de uma sociedade que precisa de agentes capazes de solucionar problemas. Até educadores “ingênuos” são infiltrados para atrapalhar um plano de ação.
Se olharmos para clubes, sociedades, sindicatos, cooperativas, entidades de classe, conselhos comunitários, fundações e organizações notaremos a ação de grupos que se instalam, se plantam sob a aparência e justificativa de colaboração e prestação de serviço comunitário, ação humanitária. Um olhar atento e comparativo pode mostrar “os plantadores de minas.”
Quem serão os atingidos e mutilados em suas possibilidades sociais, econômicas, intelectuais, físicas e psicológicas? Descobrir ou não descobrir, eis a questão!