(Com)posições e (co)ligações

Posições e ligações. Verticais e horizontais. Posições e ligações que estabelecem relações laterais com efeitos colaterais. Relações promíscuas ou incestuosas em prostíbulos públicos. Relações interesseiras que negociam posições em ambientes particulares. Posições de destaque com poder para mudar, alterar, subornar, ameaçar, inviabilizar, corromper, comprar, vender e produzir efeitos colaterais maléficos à sociedade: falta de recursos para áreas vitais para a população.

O atual modelo de (com)posições e (co)ligações políticas para vencer eleições é um campo aberto para o encontro de pessoas, propostas e ideias que não têm preocupação com o bem administrar e, muito menos, administrar em benefício do cidadão,

O atual modelo de composições, coligações e financiamento de campanhas eleitorais propicia uma fonte inesgotável de conluios e corrupções entre esfera pública e privada. “É da lógica do Sistema”. As exceções são cada vez mais raras e só são eleitos os candidatos que reúnem grande volume de recursos financeiros; e só reúnem grandes volumes de recursos aqueles candidatos e partidos que cruzam seus interesses políticos com interesses dos financiadores. Visto na prática: os partidos e candidatos são levados a buscar recursos com alguém que tem algum interesse no exercício de um cargo ou mandato público, seja na aprovação de leis de zoneamento urbano, incentivos fiscais, contratação e concessão de serviços, contratação, regulamentação e fiscalização de obras ou venda direta de produtos e serviços. Considerável percentual da arrecadação de campanhas (de todos os partidos e candidatos) provém de doações de empresas privadas com algum tipo de interesse nos chamados “negócios da política”, o resultado é uma roda viva de conluios e corrupções, que vem a público ou não. Alguma dúvida?

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