Há períodos em que pessoas e/ou ideias limitadas e limitantes, capazes de travar o avanço coletivo são aceitas e seguidas com facilidade. Parecem cegar os atingidos.
É possível constatar esta realidade em escolas, clubes, sociedades, associações, comunidades religiosas, partidos políticos, cooperativas e na administração pública.
São os articuladores da estagnação em ação. São pessoas que não medem esforços para inviabilizar o progresso de uma instituição, de uma entidade ou de um grupo social. São capazes de ligar-se, unir-se, formar cadeias, construir tramas, organizar grupos, estabelecer limites, juntar-se e semear discórdia para afastar toda e qualquer possibilidade de inovação que não atenda seus interesses e/ou exponha a visão curta, a falta de força política, o egoísmo, a incapacidade e medo de reconhecer o talento de outros.
Os articuladores da estagnação atrapalham a vida de muita gente.
Os alunos de uma escola ficam limitados a frequentarem cursos que não preparam cidadãos úteis capazes de resolver problemas pessoais e coletivos. Clubes, sociedades e associações são podadas quando querem avançar com projetos inovadores. Partidos políticos não trabalham a renovação de seus filiados e preparação de futuros administradores para perpetuar alguns partidários em cargos e funções. Cooperativas são travadas em suas pretenções e planos de expansão ou extintas para não se tornarem exemplos de diversificação e capazes de melhorar a vida de seus sócios e a comunidade que a acolhe. A administração pública – comandada por articuladores da estagnação – emperra a máquina pública, impede o atendimento aos mais necessitados, favorece alguns privilegiados, arruma desculpa para não realizar obras emergenciais. Tudo é difícil ou impossível.
Por incrível que possa parecer, há períodos em que são aceitos, idolatrados e seguidos. Anos depois, lamentam-se as consequências.