Artigo de exportação

O Brasil está sendo reconhecido internacionalmente pelo crescente volume de exportação. Ocupamos postos de destaque no agronegócio, petróleo, e mineração entre outros.

Há, também, um item entre os artigos exportados não citados pelos órgãos que apresentam os números da balança comercial: as mulheres.

Mulheres como mercadoria. O assunto é tão sério que há pessoas estudando, observando e fazendo estatísticas sobre o aliciamento de mulheres brasileiras.

São contratadas para serem modelos, babás ou cuidar de idosos e, quando chegam ao destino com o passaporte apreendido pelo aliciador, são obrigadas a trabalhar em boates, como prostitutas, usar e vender drogas. Precisam fazer as tarefas que as mulheres nativas não aceitam. É subemprego.

São iludidas com as promessas de bons salários ou até casamento com estrangeiros. O pesadelo começa quando descobrem que não conseguem voltar. Não voltam porque não têm dinheiro nem documentos para pedirem a volta, para solicitarem o repatriamento.

Muitos até podem dizer que isto acontece somente na Região Nordeste onde a rota do turismo sexual é visto como atividade econômica. As pesquisas revelam que o centro-oeste e as demais estados não escapam.

Do Brasil saem mulheres para os Estados Unidos, Europa e Japão. E não são apenas mulheres adultas. O número de meninas e crianças pegas na marra de suas famílias não é desprezível.

As famílias que prestam queixa, frequentemente, são ameaçadas. Muitas são mortas e as que sobrevivem e conseguem fugir apresentam sérios problemas psicológicos e a vida torna-se um pesadelo.

Um estudo da organização das Nações Unidas (ONU) aponta: “ o Brasil é o País que mais exporta pessoas da América e que o tráfico humano para o trabalho escravo é a terceira maior fonte ilegal no mundo, depois da venda de armas e drogas.”

Pode parecer impossível, mas “um dono de um bordel no Canadá afirmou que prefere comercializar uma mulher, que pode ser revendida várias vezes até ficar louca, morrer de aids ou se matar.”

Triste, não?

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