Blocos e base

Blocos da base. Blocos contra base. Blocos em base. Blocos na base. Blocos para a base aliada.

A fragilidade dos partidos políticos, a falta de coerência dos filiados, o desconhecimento da filosofia partidária, a infidelidade partidária e a proliferação de siglas facilitam e/ou forçam a formação de blocos na administração pública federal, estadual e municipal.

Ouve-se falar em base aliada para garantir a governabilidade, a aprovação de projetos. A sustentação da administração pública depende do arranjo de um enigmático e problemático quebra-cabeça onde cada peça (partidário, parlamentar, funcionário, empresário …) negocia a participação e as vantagens.

Para ganhar alguma notoriedade na mídia e nos espaços de poder surgem mais blocos. Bloco informal, bloco parlamentar, bloco progressista, bloco da cidadania ou bloco da oposição. Todos estes grupos são uma demonstração que há muito bloco rachado até garantir uma fatia do poder e do dinheiro disponível. Resolvido este problema, a fila para integrar a base aliada aumenta sensivelmente.

Que autonomia e independência tem um senador, um deputado ou o vereador que está atrelado a um bloco ou uma base aliada? Terá autonomia para brigar pelas grandes causas e necessidades da população, de uma região ou do município? Que força tem o partido que dá legitimidade ao eleito?

E o bloco da oposição? Ou a oposição ao mal feito, à má administração, às leis não cumpridas? Ainda há oposição?

Em Vera Cruz não é diferente. Que impressão causam aos leitores as ligações e co-ligações dos partidos para a próxima eleição? Que condições terão para administrar um município que precisa escolher e construir novos caminhos? O que o cidadão pode esperar deste arranjo para o futuro?

Observemos o movimento dos partidos. Observemos os arranjos. Observemos as possibilidades de vitória. Observemos as explicações e justificativas para a formação de blocos e bases aliadas.

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