O trabalho

Olha: tudo que te rodeia trabalha. Não há na natureza um só ser que permaneça ocioso.
A abelha trabalha para fabricar o mel e a cera. Trabalha o pássaro para construir o seu ninho, recolher os grãos, caçar os insetos.
A formiga também trabalha. E quem não acompanhou com curiosidade o seu paciente trabalho?
O incansável joão-de-barro recolhe com o bico a terra umedecida para construir o seu ninho, cômodo e abrigado.
Trabalha o ser humano para assegurar o seu bem estar e o da sua família. Trabalha o médico para curar o enfermo; o advogado para defender os direitos do homem; o professor para educar, transmitir e construir conhecimentos à juventude; o cientista aprofundando pesquisas; o jornalista divulgando fatos; o bombeiro salvando vidas e patrimônio; o soldado defendendo a pátria; o sacerdote orando pela humanidade . . .
Da mesma forma, quem não trabalha é vadio, malandro e preguiçoso. É mau exemplo e pode, até, ser perigoso.
Este enfoque, atualmente, está sendo questionado e, muitas vezes, considerado ultrapassado.
O que dizer das pessoas que não conseguem trabalho? É possível culpar os que não conseguem habilitar-se profissionalmente para um mercado de trabalho em rápidas mudanças? O que fazer com as pessoas que sobram em virtude da mecanização, robotização ou informatização.
Como adaptar os trabalhadores formados para manufaturar matéria-prima em um mundo que pede operadores de equipamentos sofisticados? Onde estão as escolas e cursos profissionalizantes?
O mundo do trabalho deveria enobrecer o ser humano, no entanto, desperta interesses vis, discrimina, cria classes sociais e econômicas, explora os mais desfavorecidos, concentra renda e riqueza. Nega, a muitos, o progresso, crescimento e desenvolvimento pessoal, humano, individual e coletivo.

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