O Brasil – gigante e rico por natureza – já protagonizou diversas corridas ao ouro desde o descobrimento em 1500. Produziu e exportou para o mundo o açúcar (ouro branco). Mais tarde, de nossas minas foram extraídas muitas toneladas de metal precioso e cobiçado ( ouro amarelo). Atualmente, está novamente no centro das discussões sobre a preservação ambiental, especialmente da Amazônia, reserva mundial de biodiversidade, reflorestamento, produção de etanol, a partir da cana-de-açúcar, biocombustíveis, novas fronteiras agrícolas (ouro verde).
O nosso país está no centro das discussões do aquecimento global e os olhos do mundo estão voltados para as riquezas naturais que ainda existem aqui intocadas. Despertam a cobiça as grandes reservas de petróleo, os mananciais de água potável, os minerais escondidos no subsolo de muitas regiões em conflitos com grileiros, fazendeiros, índios, estrangeiros que há anos implantaram organizações que sugerem proteção aos ribeirinhos, seringueiros – populações afastadas pelos grotões – para estudar as espécies animais, vegetais e/ou medicinais e patentear as descobertas e tornar-se proprietárias de nossos bens naturais.
Não podemos ser ingênuos quando os meios de comunicação nos mostram conflitos, brigas, invasões, assassinatos, crimes sem punição, problemas de fronteiras, queda de ministros, desmatamento para áreas agrícolas, venda ilegal de madeira, destruição, militares descontentes com as condições de trabalho e preocupação com a soberania nacional, bloqueio das exportações de carne e outros produtos.
Também somos informados que o Brasil é favorecido com a compra e venda de créditos de carbono por empresa de outros países. Com certeza, o assunto não é explicado adequadamente para o povo e mal entendido pela maioria da população.
Da mesma forma, o reflorestamento com espécies exóticas com repercussões ambientais, climáticas e econômicas questionáveis vem sendo saudado por regiões e municípios de vários estados, inclusive, o Rio Grande do Sul. A geração de mão-de-obra e renda parecem uma boa justificativa. Se a produção de riqueza atingirá a população envolvida só o tempo mostrará.
Desmatamento descontrolado versus manejo inteligente defendido por muitos também é um tema apresentado com explicações ambíguas e reticentes. A internacionalização da Amazônia não é novidade entre os que observam os interesses internacionais.
O perigo da implantação de novas monoculturas, sem planejamento e respeito a características locais, atrai produtores brasileiros e empresas comandadas por estrangeiros.
Recentemente, a aquisição de vastas e nobres áreas de terra por estrangeiros que se infiltram como ONGs, evangelizadores, serviços sociais ou protetoras de índios causaram espanto e preocupação.
Diante de tudo isso, os cidadãos se perguntam o quanto o Brasil ainda é nosso e o que será feito para que as riquezas aqui produzidas possam ser usufruídas pelos brasileiros.