Um significativo e crescente número de pessoas vive o seu dia a dia baseado em relações e contatos virtuais. Os negócios, as vendas, as aplicações financeiras ou as compras são feitas através de uma rede internacional. A diversão e o lazer virtual estão à disposição e podem ser acessados. Muita gente festeja e exulta a informática, a internet, a tecnologia. Muito dinheiro é gasto e garante lucros milionários aos que controlam o mundo conectado.
Paralelo a todas as vantagem surgem, também, o uso desleal de dados, os atos criminosos, a invasão de privacidade, a pedofilia, a expansão do preconceito, a divulgação de falsas informações. Espalham-se mentiras. Como tudo na vida. Tudo pode ser usado para fazer o bem ou o mal, construir ou destruir, agregar ou separar.
Nem tudo são maravilhas. As pessoas dominam todas as ferramentas da comunicação e relacionamento virtual. Quando precisam encarar as relações humanas na escola, no trabalho e na vida pessoal tropeçam, machucam-se e ferem os que vivem ao redor. Celular que toca a qualquer momento deixa as pessoas mal-educadas, desligadas do meio. Companhias são ignoradas. Conversas e assuntos interrompidos pelo sinal do aparelho, da ligação.
Orkut, blog, site, twitter ou facebook conta os milhares de seguidores. Quem são? Que significado tem? Tornam a vida social melhor? É importante ter milhares de seguidores? Melhora a vida do ser humano? Alguns dizem que sim; outros vão no embalo de qualquer novidade ou onda do momento.
Uma coisa não podemos esquecer: o ser humano é um misto de emoções, sensações, necessidades físicas e psicológicas, construído por relações humanas. Quanto vale um amigo virtual? O que pode trazer de saudável para as pessoas?
Talvez por aí possamos encontrar algumas explicações para a crueldade, os extermínios, atentados, uso de drogas, os assassinatos.
Onde se chegará com tanta tecnologia? Muitos afirmam convictos que é impossível viver sem esta vida e realidade virtual.
Muito ainda será falado a favor ou contra a vida virtual. Será que a solidão é a única possibilidade de chegada no futuro?