O movimento cooperativista surgiu no Século XVIII, apresentando-se como alternativa ao capitalismo, afastando o patrão, o empregado e o intermediário, assegurando aos cooperados a propriedade dos instrumentos de produção e a participação nos resultados do empreendimento.
No Brasil, a cultura da cooperação é observada desde a época da colonização portuguesa. Esse processo emergiu no Movimento Cooperativista Brasileiro surgido no final do século XIX, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades.
O cooperativismo é uma forma de associação de longa história, mas que continua dividindo opiniões e gerando polêmica. Algumas correntes políticas veem no cooperativismo a saída para o futuro nas relações e organização de produção. Outras mantêm desconfiança nos seus propósitos e nas suas possibilidades. As cooperativas já tiveram grande repercussão no passado, passando depois por um processo de esvaziamento. Hoje, estão sendo de novo enfatizadas e em crescente expansão e atraindo para seus quadros pessoas que nunca foram cooperadores, mas são cooperativados por se associarem e até integrarem diretorias ou conselhos administrativos.
Há vários tipos: produção, crédito, poupança, consumo varejista e atacadista, habitação, profissionais liberais, entre outras
Entre as vantagens das cooperativas podem estar as possibilidades de fazer, construir, refazer, desfazer, reconstruir, organizar, desconstruir, reorganizar, demolir… É o momento de identificar os integrantes de cada grupo social, a tendência, a vocação e determinação de cada um na sua “ação social”. Surgem os que criam oportunidades, veem caminhos, apontam alternativas, constroem possibilidades.
São pessoas de bom caráter, boa índole. Agem com respeito, têm ética e consciência dos atos propostos
Muitos são também os desafios aos quais os cooperativados precisam estar atentos: acompanhar mudanças demográficas, econômicas, sociais, ambientais, ecológicas, tecnológicas, políticas.
Manter-se fiel aos sete princípios do cooperativismo: adesão voluntária e livre; gestão democrática e livre; participação econômica dos membros; autonomia e independência; educação, formação e informação; intercooperação e interesse pela comunidade
O cooperativismo ou mais precisamente uma cooperativa pode estar em risco quando os sócios confiam cegamente em seus dirigentes, seus projetos e sua prestação de contas sem fiscalizá-los. Também, quando prolifera na composição de conselhos e diretorias a indicação de pessoas que pessoas que usam a oratória enfatizando “a força do cooperativismo no desenvolvimento regional” e, na realidade – como dirigente de cooperativa – vendem ou não zelam pelo patrimônio.
Um sinal de alerta devia ser acionado quando sócios procuram espaço nas coligações e composições de partidos políticos em época de campanha e eleição para vencer uma disputa. Quando os dirigentes de cooperativa que só veem o beneficio próprio e não de uma forma coletiva, que todos de igual valor direitos e participação.
O maior perigo ao qual a cooperativa pode estar exposta é a perda do vinculo com o associado que inibe a participação efetiva de cooperativados – os verdadeiros donos devem ser valorizados – e não preserva a natureza de ser cooperativa, desrespeita as normas oficiais e internas e a eficácia na transparência na gestão.
Entre as principais preocupações dos associados deveria estar a identificação de pessoas de bom caráter, honestas, competentes, de boa índole, que agem com respeito, têm ética e consciência dos atos propostos na administração da entidade em busca do progresso e sucesso para todos.