O isolamento social é solução para alguns. O afastamento do convívio e interação humana é intendida como maldição para uma parcela dos atingidos.
Anúncios, propagandas, campanhas, decretos e fiscalização apelam e exigem da população mundial um sacrifício pessoal para salvar ou amenizar perdas humanas.
Profissionais da saúde são chamados e expostos à doença e à salvação de vidas.
Ações solidárias surgem Brasil afora. Patrocinadas por pessoas que têm sensibilidade para entender a fome, frio, abandono emocional, material e psicológico de classes e categorias vulneráveis.
Em oposição a todo o esforço solidário surgem os que se aproveitam da flexibilização legal e – de forma egoísta, desumana e gananciosa – desviam recursos financeiros, equipamentos e, até, subvertem ou aliciam pessoas. Políticos, gestores públicos, funcionários, empresários e advogados são identificados como participantes do esquema.
Haja leis, polícia, investigação e justiça para dar conta de tudo isto.
Alguns indignados, inconformados, revoltados ou desanimados fazem questionamentos. “Quando vamos aprender? Quando a sociedade brasileira vai mudar?
Numa análise realista do momento mundial e brasileiro poder-se-ia dizer que os cenários mudam; o ser humano não.
Isto acontece desde os tempos bíblicos, registros históricos das lutas entre povos, conquistas, derrotas e domínios de reis, soberanos, senhores feudais, autoridades religiosas… Punições e sofrimentos são impostos aos vencidos, derrotados, serviçais, subalternos ou escravos.
A possibilidade de ganhar ou perder o poder e o dinheiro dita as ações que são postas em prática para tirar do caminho quem atrapalha.
Tristemente, esta prática está presente em alas da política (direita, centro e esquerda), do empresariado e, para piorar, o crime organizado está conseguindo ter representação política.
A maioria acredita na possibilidade de mudanças pós-pandemia. Será?
Os cenários mudam; o ser humano não…!? O tempo dirá.
A sociedade jamais será a mesma, porque nós, os seres humanos, já mudamos! A sociedade sempre está em mudanças, assim, o ser humano. É assustador, mas as últimas gerações nunca experimentaram tal situação. Nossa visão das coisas, de homem, de mundo, serão diferentes doravante.
Infelizmente, somos parte da essência humana, que se aproveita da desgraça alheia… Achamos essa ideia terrível, mas é fato. Triste fato! O que resta é o sentimento de esperança, e para aqueles que crêem, a fé. Esperança em dias mudados pra melhor. E fé numa vida outra, sem mudanças e sem tristezas.